segunda-feira, 26 de março de 2012

Você e Seu Sorriso

Para Kau




Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo
N- Nando Reis


Fazem-se meses. Parecem séculos. Uma eternidade. Aumenta-se o tempo, a saudade. Diminui as visitas, mas não o amor. Não consegui comer nada, meu estomago embrulha como da primeira vez que te vi. Você estava naquele Café, esperando seu pedido. Eu, do outro lado do balcão, fazendo se pedido. Eu bati o olho em você e sabia: te queria na minha vida. Não trocamos palavras, só olhares. Sua mão roçou na minha ao pagar, seu dedo brincou com o meu. Sorrimos. E você se foi. Só para voltar no dia seguinte. Meu estomago dava voltas e embrulhava. E foi assim que continuou sendo todos os dias em que sua presença se tornou assídua no Café, que era tão chato e ficou tão colorido.

A mesma sensação de estomago que está me acompanhando nesse momento, dando voltas, enquanto estou chegando ao aeroporto. Fazem-se meses. Parecem séculos. Desde a última vez que pisei nesse aeroporto, meu coração chega a ser esmagado de tanta ansiedade, de tanta saudade. Só consigo pensar em você. Você e seu sorriso. Você e sua fala ansa de quem, nem se o céu desabar, não se desespera. Você e esses seus cabelos negros e macios que meus dedos adoram emaranhar-se. Você e seus pés frios, suas mãos geladas, seu coração quente. Você. Só você.

Fazem-se meses. Parecem séculos. Desde a última vez que nos vimos. Desde a última vez que meus dedos roçaram nos seus, daquele jeito que aconteceu da primeira vez, daquele jeito que eu adorava. A gente ficava roçando os dedos e nos olhando, sem dizer uma palavra, só nos olhando. Assim. Passávamos uma eternidade. Eu tentava decorar cada detalhe de seu rosto, tentava descobrir se seu olho esquerdo era mais escuro que o direito, ou se era só ilusão de ótica. Nunca consegui chegar a conclusão alguma. É que são olhos tão bonitos que quando você olha você esquece-se de tudo. Até do seu nome. E você... Você tentava adivinhar o que é que eu estava pensando. Como se não fosse tão óbvio saber que eu pensava em você. Você e seu sorriso. Você e esse olhar. Você. E esse amor todo meu que não cabe em mim.

Eu sei. Sei o quanto está sendo difíceis esses meses separados por conta das peças que a vida nos dá. Eu sei que as tecnologias não diminuem a saudade. Nem a distancia o amor. Mas, simplesmente, não posso desistir de você. De você e seus sorrisos. De você e de sua fala mansa. De você e desse olhar. De você e desse amor que toma conta de mim e faz meu mundo andar. Desandar. Andar de novo. Eu sei que te dói, me dói, nos dói, mas não sei abrir mão de você. Eu sei que fazem meses, parecem séculos, mas quando essa eternidade passar seremos só nós dois. Nós dois e nossos sorrisos. Nós dois e nossos silêncios. Nós dois e nosso amor.

Fazem-se meses, parecem séculos. Enquanto eu atravesso esse saguão de encontro a você. E corro. Corro. Corro. Diminuindo essa distância, que agora não é tão grande, mas me impede de olhar seus olhos de cores diferentes. Então eu corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, corro, pros únicos braços que me importam segurar. Para tocar esses cabelos negros e roçar meus dedos nos seus, só para trocar confidencias ao silencio.

E corro. Corro. Corro. Porque nem os meses que parecem séculos, nem essa distância, nem nada, vai separar-me de você. Você e seu sorriso. Você e esse olhar. Você e seus pés frios.

Você e esse amor que me consome. E me enche. E me transborda. E me faz correr para você. E correr. E correr. E correr. E correr. E correr.

2 comentários:

  1. Tanto tempo que eu não comentava aqui , mas tbm tava traumatizada né kkkk lindo adorei

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  2. AAAAA que lindo!!! Ameii!!!!

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Comentários

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